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terça-feira, 17 de abril de 2012

DIVAGAÇÕES SOBRE A POESIA



                                                                       "Seja qual for o caminho que eu escolher, 
                                                                        um poeta já passou por ele antes de mim"
                                                                        S. Freud

Como o grande poeta que era, Freud sabia que quando ia com seu pensamento racional passear por algum lado da sua mente, já antes tinha passado, como poeta, por ali... A poesia é um saber que sabe sem saber como sabe. A poesia é inesperada, e surpreendente, é uma verdade que se auto afirma, não é conduzível... A poesia acontece fora da vontade ou racionalidade da pessoa chamada poeta...

A poesia é, realmente, produto de um estado alterado de consciência, um estado diferente do racional-inteletual... mas não quer dizer que seja nem 'irracional' nem 'patológico'... Nem, também não, é reduzível a nossos estados emocionais, que seriam improdutivos para fazer poesia...

A poesia é à mente o que levitar, se existisse, seria ao corpo...

A poeta quando faz poesia pára de julgar a realidade tal e como a realidade 'parece ser' e passa a senti-la de uma outra forma, uma forma difícil de definir... A poesia é um caminho entre o consciente individual e o inconsciente global da humanidade. A poesia é um ponto onde se encontra a capacidade de sentir da pessoa (que se coloca ao serviço da poesia, sem que seja realmente a uma escolha) com a necessidade de ser sentida que tem a dor da humanidade. A poesia é essa cura constante dessa dor universal da mente humana... É, o poeta permite, mesmo que seja só por um momento, que o mundo se encoste nele...

Concha Rousia

(P.S.: Este não é um texto poético, mas tem a autorização do saber da poeta para ser publicado)

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