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terça-feira, 15 de setembro de 2009


Se os carvalhos falassem
não ficaria eu tão só
e as minhas conversas deixariam de ser
monólogos que me queimam na gorja

Se os carvalhos falassem
minha seria a dor da sua decota
meu o medo ao incêndio
e minha a capa de prata do seu tronco

Se os carvalhos falassem
meu seria o mundo dos pássaros
meus os degoiros e fantasias
minhas as pernas trepadoras de criança
e suas as minhas caricias

Se os carvalhos falassem
seus os meus ouvidos
minhas as suas queixas
meus os seus ancestros e os druidas
e as fadas do monte que há herdar meu corpo

Se os carvalhos falassem
Escutaria eu não outra fala
meu o refugio entre urzeiras e carpaços
minhas a paz e a liberdade
meu o meu destino
minha a minha pátria.

Concha Rousia

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